terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Movimento de Pés Descalços

Aprendendo com um movimento de pés-descalços. Em Rajasthan, na Índia, uma escola extraordinária ensina mulheres e homens do meio rural - muitos deles analfabetos - a tornarem-se engenheiros solares, artesãos, dentistas e médicos nas suas próprias aldeias. Chama-se Universidade dos Pés-Descalços, e o seu fundador, Bunker Roy, explica como funciona.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Capacitação de Educadores - Outubro/2011

“Ouça. Consegue ouvir? A música... Eu consigo ouvi-la em qualquer lugar. No vento, no ar, na luz... Está ao nosso redor. A gente precisa se abrir. A gente só precisa ouvir."
Filme: O Som do Coração
Não há frase melhor do que a frase colocada acima das imagens para começar a descrever a Capacitação de Educadores realizada no último fim de semana na Comunidade Espiritual Era Dourada Ashram. A frase foi extraída do filme "O som do coração", que foi exibido e posteriormente discutido em uma reflexão facilitada pelo Américo. Com certeza a profissão de educador é uma das profissões que menos permite frieza, desavenças, egoísmo e outras mazelas das relações interpessoais, uma vez que ela é permeada basicamente por pessoas, que se relacionam a todo momento. É preciso atenção, carinho e amor, além dos conhecimentos técnicos da área. Por este motivo o educador tem que estar constantemente se reciclando e refletindo sobre sua atuação e, mais do que isto, refletir sobre si mesmo. A responsabilidade de mediar o conhecimento para pessoas é muito grande. E este conhecimento não deve se limitar ao mundo exterior, mas também ao mundo interior de cada um, refletindo sobre valores e dando um sentido maior à vida do que aqueles que estão facilmente perceptíveis à nossas mentes condicionadas pelo material. Para isto devemos abrir nossos corações às nossas experiências, da mesma forma ao velho e ao novo. Basta ouvi-lo, pois a sua canção nunca para de tocar. Por fim, o fim de semana de capacitação ainda teve palestras sobre permacultura e educação, confecção de porta retratos com tecido em base de papelão, alimentação vegetariana, alongamento, respiração e meditação. Muito contato com a natureza e com o sagrado, presente em cada um de nós.
Um agradecimento especial à Paula e à Ruth, que ajudaram na cozinha e fizeram deliciosas receitas, além do Alexandre e da Val que estão sempre ajudando na manutenção do Ashram.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs e Permacultura?

Faleceu esta semana o fundador da Apple, Steve Jobs (1955 - 2011). A empresa em um pequeno comunicado informou: “O brilho, paixão e energia de Steve são fontes de inúmeras inovações que enriqueceram e melhoraram a vida de todos nós”. Parece claro que o fundador da Apple tinha um pensamento moderno e diferenciado. O portal Terra publicou várias frases ditas por Jobs. Dentre elas está: "Seu tempo é limitado, então não o desperdice vivendo a vida de outra pessoa. Não fique preso pelo dogma - que é viver pelos resultados do que outras pessoas pensam. Não deixe o ruído da opinião dos outros afogar a sua voz interior. E o mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário." Há anos Steve vinha convivendo com um câncer no pâncreas e, em 2004, Steve foi submetido a uma cirurgia para o tratamento da doença. Cinco anos mais tarde precisou realizar um transplante de fígado. Os dois procedimentos são complicadíssimos e de elevado risco para a vida do paciente.  Convivendo com o risco da morte, o fundador da Apple parecia não perder a mesma clareza mental que o levou a ter grande sucesso no mundo empresarial e diante disso teria dito: "Lembrar que morrerei em breve é a ferramenta mais importante que encontrei para me ajudar a tomar as grandes decisões na vida. Porque quase tudo - todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo do constrangimento e da falha -, essas coisas simplesmente desabam na face da morte, deixando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor forma que conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração... Continue faminto. Continue tolo". Outra frase dita por Steve Jobs nos leva a pensar na Permacultura e seu papel diante da crise ambiental que vivemos.  “No vocabulário da maioria das pessoas, design significa aparência. É decoração de interiores. É o tecido de cortinas, do sofá. Mas para mim, nada poderia estar tão longe do significado de design. Design é a alma fundamental de uma criação humana, que acaba se expressando em camadas externas sucessivas do produto ou serviço”. A Permacultura é uma forma de criar assentamentos humanos lembrando na nossa responsabilidade com o planeta. Parece que nós, seres humanos perdemos a noção de nossa função ecológica na natureza de onde viemos. Vivemos como parasitas do planeta Terra, apenas tirando nossos recursos para suprir nossas necessidades, mas sem dar nada em troca. A Permacultura é uma ferramenta para romper com esta relação entre ser humano e natureza, a fim de estabelecer um papel simbiótico entre ambos. E a clareza dos pensamentos de Steve Jobs nos leva a pensar o que devemos de fato buscar e construir durante nossas vidas. E aí podemos nos lembrar da ética da Permacultura, mas este vai ser assunto de uma postagem futura. Que o caminho de Steve Jobs, que faleceu tranquilamente ao lado de sua família, continue repleto de paz e luz. Que o foco e a simplicidade, os mantras de Steve,  segundo ele mesmo, sejam também os mantras de todos nós. “O simples pode ser mais difícil que o complexo: você tem de trabalhar duro para deixar o seu pensamento limpo e manter a simplicidade. Mas vale a pena no fim das contas porque, quando você chega lá, você pode mover montanhas" - Steve Jobs.

ATENÇÃO
A partir da semana que vem vamos dar início à uma série de postagem sobre a permacultura e nossa experiência com ela. Abraços a todos em bom fim de semana. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Primavera, um convite ao florescer...

Prestando atenção à natureza veremos como vivemos num manancial de riquezas, cheio de sentido e significado. Observar e sentir a natureza é voltar ao seio de nossa existência, é nos reintegrarmos, pois somos parte dela também. Cada estação do ano nos convida a diferentes posturas e nos oferece ricos aprendizados. Assim como o outono, a primavera é uma estação de transição. Ela representa o tempo da despedida das frias paisagens e do preparo para entrar nos tons quentes do verão. As flores são a marca principal da primavera. A natureza desabrocha e se enfeita para nos mostrar que um novo ciclo se inaugura. Vai embora o gelo, o cinza, o tempo de recolhimento e a natureza se revela multicolorida. É o tempo de acasalamento, reprodução, fertilidade, beleza e abertura. A natureza resistiu aos tempos secos e frios, resistiu à letargia e à hibernação, mostrando que a vida permaneceu latente e agora se refaz. Em nossas experiências podemos passar por momentos hibernais, em que tudo ao nosso redor está frio e aparentemente sem vida. Seja por situações de perdas, decepções ou pelo simples desaquecimento da roda da vida, momentos de pausa que chegam e se instalam. Nesses períodos algo de muito belo pode acontecer, se optamos por resguardar nossos dons preciosos, sem perdermos as esperanças. Vamos concentrando nossa energia, até que um dia uma nova brisa possa soprar e anunciar que o gelo vai derreter e a grama verde que havia por baixo dele irá se revelar.

Abra espaço para que o novo brote

A nova estação chega assim, com promessa de inteireza, de luz, de brilho, de aromas renovados, de cantos de pássaros namorando no alto das árvores, de vento levando pólen para fertilizar os campos, de borboletas voando ligeiras com tantas flores para pousar. No tempo da alma, a primavera se assemelha ao momento de lançar nossas idéias, de deixar o ar de novos tempos ventilar nossas mentes e corações, de abrir espaço para que o novo brote. Abrir as janelas da alma, para que o aroma embolorado do inverno se dissipe e o perfume das flores faça morada em nós. É a temporada de nos abrirmos, de acreditarmos em novas possibilidades, de nos encantarmos com a beleza dos pequenos detalhes que passaram batidos nos dias cinza. Mas para viver a intensidade dessa temporada é necessário exercitar a entrega. É preciso deixar ir o inverno, acreditar que outras experiências são possíveis. Acontece que muita gente ao passar por invernos rigorosos da alma, se esconde por longos períodos em suas tocas, acreditando que não pode mais sair ou, caso contrário, será consumidos por uma nevasca. Se aguçarmos nossos sentidos, no entanto, podemos ouvir o canto dos pássaros lá fora e ver que raios tímidos de sol entram pelas frestas. É preciso entrega, é preciso acreditar, é preciso lançar nossos pólens no ar. Pense e se responda: O que está impedindo que você viva a estação da primavera da alma? A primavera convida: abra-se, permita-se, aproveite as oportunidades dessa brisa nova, relacione-se, sinta a beleza que há lá fora, deixe seu perfume único exalar de dentro para fora, não tema as abelhas, deixe que elas a toquem levemente e polinizem a vida! Pense naqueles projetos guardados, nas habilidades contidas e deixe que tudo isso desabroche. Lembra-se daqueles hábitos ranzinzas? Vá se despedindo deles, à medida que lança atenção para outros aspectos da vida ou lança um olhar diferente para os mesmos aspectos. A primavera te convida a renovar, abrir, sentir, florir! Se vai demorar muito ou pouco tempo para você vivenciar a plenitude dessa estação, ninguém tem a resposta pronta. Mas o jardineiro com certeza está dentro de você, à espera que o deixe agir para enfeitar o jardim, trazendo a nova vida para seu redor.
(Texto de Juliana Garcia/Internet)

FELIZ PRIMAVERA À TODOS AMIGOS DA COMUNIDADE ESPIRITUAL ERA DOURADA ASHRAM!

COM MUITO AMOR E MUITAS BENÇÃOS !!!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

CHEGA DE FOSSA

Este vídeo mostra uma forma interessante de tratar o esgoto: bacia de evapotranspiração. Aqui na Comunidade Era Dourada - Ashram já temos uma bacia de evapotranspiração funcionando, conforme pode ser visto em postagens anteriores. Só que no nosso caso, não utilizams pneus, mas tijolos furados para separar o ambiente de decomposição anaeróbica do ambiente de cascalho, areia e terra de cultivo das plantas. De qualquer forma, o importante é fazer acontecer!